terça-feira, 25 de maio de 2010

Uma Lei sobre maus-tratos...

*Art.32 da Lei AMBIENTAL:Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:

*Pena-detenção, de três meses a um ano e multa.

*1- Incorre nestas mesmas pens que realiza esperiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos quando existirem recursos alternativos.

*2-A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.

projeto pro-animal

Estou inspecionando os utensílios de um natal da cultura ocidental. Primeiro caem as luzes da china nas minhas mãos. Elas dormem onze meses do ano na caixa "x-mas", que se encontra no sótão. Quem será que as montou? Uns dos milhares de trabalhadores que trabalham 60 horas por semana ou mais? Tudo por um pouquinho de arroz? Não sei. Lá, estou vendo as bolinhas da árvore de natal, algumas estrelinhas que os filhos fabricaram anos atrás com os dedinhos pequeninos, um anjo com uma asa quebrada, algumas velas e o presépio.

No presépio há um casal, uma criança, anjos, pastores, ovelhas, um burro e uma vaca. A vaca é marrom, mas ela me lembra uma vaca branca com manchas marrons, que vi no último inverno.

Visitei uma fazenda no interior de Santa Maria não-sei-do-que. Lá estavam centenas de vacas no pasto, a maioria branca, algumas marrons e poucas brancas com marrom. Não sei se eram de raça, mas elas estavam pastando. Uma estava na cocheira e me olhou com seus olhos grandes, calmos e muito profundos.

O capataz me contou que ela dará cria daqui a pouco tempo, e não pode ir para o pasto. Ela já tinha dado muitas crias, a última foi problemática, e agora eles querem observar o animal. Na orelha dela vi uma plaquinha: "2804". Minhas mãos acariciaram a cabeça dela e em seguida ela lambeu meu braço. Sabem como a língua de uma vaca é áspera? Quase doeu. E aqueles olhos! Ela me olhou de uma maneira que nunca vou esquecer! Ela queria me pedir alguma coisa, mas o quê? E de novo aquela língua. O que será que ela queria? Ela tinha alfafa, milho, água e a cocheira estava limpa.

Quando fui visitá-la, há uma semana, ela não estava mais na fazenda. O capataz primeiro nem se lembrou, pois eles possuem centenas de vacas, mas depois que ele deu uma olhada no livro, ele contou que ela dera cria, um terneiro macho.

Nove crias ela deu, cada ano uma. Três delas não sobreviveram, mas isso era normal se os terneiros não ficassem com a vaca, disse ele. Por que não ficam com a vaca? Pergunta boba! Para que ela entre logo no cio novamente e produza mais. A fazenda vive disso. - Ela vive dos berros fortes das vacas e dos berros fininhos dos terneiros.

Me lembrou de uma história da Argentina. Alguns vaqueiros atravessaram um lago com um lote de gado numa balsa. As vacas estavam amarradas na balsa com correntes pelos chifres, para não cairem. Mas um terneiro caiu na água e se afastou logo da balsa. Os vaqueiros não conseguiram salvar o bichinho. A perda econômica foi pequena. A mãe vaca berrou desesperadamente e tentou se livrar da corrente. Ela quis salvar o seu filho. Mas a corrente ficou firme. A vaca não desistiu e lutou com forças sobrebovinas. No momento em que ela desapareceu na água, ficaram na balsa a corrente e o chifre dela. Amor materno bovino!

A vaca 2804 então não estava mais na fazenda. Todos os seus filhos desapareceram tão logo nasceram. Posso imaginar como ela berrou! O capataz contou que foi sorte ter vendido a vaca, mesmo tão velha. Foi para a capital do estado, 600 km da fazenda.

Pensei nos transportes dos animais, horas a fio no sol, sem água e na chuva, o vento frio, será que ela não sofreu na viagem? E nas curvas – o chifre da vizinha não se cravou nos lados dela? Um buraco na estrada, será que ela caiu? As outras talvez pudessem ter caído em cima dela? Quantos animais sofrem e morrem nas viagens?

Chegando ao frigorífico pode ser que tenha ganho água, ou talvez não. Os métodos na maioria dos frigoríficos são arcaicos. Nem sempre a marreta garante uma morte inconsciente. Ouvi de um funcionário de um frigorífico, que às vezes os animais ficam dez minutos conscientes, sentindo tudo o que acontece, tirarem suas patas, abrirem sua barriga, tirarem seu chifre, não sei o que mais. E a nossa 2804? Ninguém no frigorífico tomou nota das plaquinhas. Branco com marrom? Ih! Muitas! Amigo, amiga, se você encontrar no seu espeto, no seu prato um pedaço da 2804, diga a ela, não ao pedaço, ... deixe pra lá!
Veja como proteger os animais de maus tratos:

- não indo para rodeios.

Os animais são torturados sem que os espectadores possam ver. Os animais nos rodeios não são xucros, eles pulam de dor. Os terneirinhos sofrem até a ruptura da espinha dorsal, pegados de laço.
- não comprando casacos de peles

muitas vezes a pele é tirada de animais vivos e/ou de animais que sofreram muito tempo em armadilhas. A verdadeira beleza vem de dentro, jamais da morte de animais.
- não comprando produtos (cosméticos) testados em animais.

Os animais em laboratórios vivem torturas imensas. Cirurgias são geralmente feitas sem anestéticos - para economizar! Para os animais não gritar, são cortadas as cordas vocais!
- não participando em rinhas

Os instintos de defesa dos animais são explorados de uma forma cruel. Em liberdade um galo ou um cão pode se retirar ou parar a briga, na rinha eles não podem escapar. Eles são obrigados a continuar até cair desmaiados.
- não comprando animais de raça de criadores que criam mantendo animais como máquinas de filhotes

, vendendo- os muito cedo. Para cada animal vendido, um cão de rua perde sua chance! Se você quer de qualquer jeito um animal de raça, escolhe bem o criador! Não compre um filhote com menos de 10 semanas de vida! Compre direto de um criador que mantém a cadela junto com a família e pode dar informações sobre o temperamento dos pais e não num "criadouro" ou na agropecuária. Se você já quer gastar dinheiro, então deve ser para alguém que se esforça e endende da raça. Animal de raça tem pedigree!
- não comprando animais ou pedaços deles para os comer.

1. Para cada kg de carne são necessário 12 kg de vegetais. O desmatamento da Amazônia é principalmente feita para plantar soja para animais.
2. Produzir carne não gera muitos empregos, plantar verduras, frutas, nozes, cogumelos sim!
3. É comprovado, que há mais índives de câncer em pessoas que consumam animais.
4. É comprovado, que o organismo humano não precisa comer animais mortos. Peixes, galinhas e camarões também são animais!
5. Os animais não simplesmente morrem, eles sofrem torturas teríveis, nos transportes, nos matadouros, quando castrados sem anestesia, quebrados os dentes, cortados rabinhos e orelhas, engolir comida sem parar (foie gras) ou viver sem poder se mexer (terneiros de vitela)
- não comprando filhotes de rabos e/ou orelhas cortados.

O rabo faz parte da espinha dorsal. Quem ama animais não os mutile ou paga por mutilações em nome de uma moda questionável
- não comprando ovos de poedeiras em gaiolas.

Estas galinhas vivam a vida de 15 ou mais numa gaiola sem ver o luz de dia, sem poder comer insetos ou folhas verdes. Há sítios e chácaras que vendem ovos de galinhas soltas. Não somente os ovos, também o passeio faz bem para a sua saúde!
- não indo para circos com animais.

Os animais estão sendo treinados brutalmente. Fora da arena eles vivem em pequenas jaulas ou acorrentados. Muitas vezes falta comida e água.

Atendimento Maus Tratos de Animais

Onde Denunciar:

Toda pessoa que tenha conhecimento de atentados contra a natureza ou animais deve denunciar, comparecendo a delegacia mais próxima e lavrar um Termo Circusnstanciado, espécie de Boletim de Ocorrência (BO), citando o Art. 32, da Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605 de 1998). Uma boa idéia é imprimir e levar a lei com você. Caso haja recusa do delegado, cite o Código Penal, que prevê crime de prevaricação: receber notícia de crime e recusar-se a cumpri-la. Outra saida é entrar com representação no Ministério Público Federal da sua cidade. Em ambos os casos não há a necessidade de possuir advogado.